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Cultura CD - Dream Chapter: MAGIC

Camila Monteiro

13/12/2019 17h57

Depois de um tempo sem comprar álbuns, hoje me deparei com uma grata surpresa ao perceber que, novamente, a seção de kpop da loja de discos da minha cidade – atualmente moro em Leeds, ao norte da Inglaterra – está ainda maior do que da última vez que pisei lá. Confesso que fui atrás do vinyl de Fine Line, novo disco de Harry Styles, mas estava com sorte e encontrei o disco dos TXT que já estava na minha lista de aquisições para Temporada Natal. O disco foi lançado em duas versões: a verde chamada Sanctuary e a preta chamada Arcade. Sempre gosto de ver vídeos de unboxing para decidir qual versão comprar e havia decidido que a preta era exatamente o que eu queria. Infelizmente percebi que estava esgotada na Amazon , lugar que mais costumo fazer minhas compras de álbuns de kpop. Portanto hoje quando vi um único exemplar do Arcade me esperando, achei que foi destino, e me dei de presente.

O disco, assim como o anterior, STAR, vem numa caixa um pouco difícil de abrir – espero que a Big Hit melhore o design no futuro – e dentro dela não temos o tradicional photocards mas sim uma série de "presentes", como se estivéssemos ainda na escola, o que faz sentido para a faixa etária principal que eles estão almejando. São identidades escolares, post its em formato de coração, adesivos e um óculos 3D parecido com o que Soobin usa no MV de Run Away.

O que eu achei mais interessante em MAGIC é que eles pensaram em trazer elementos mais lúdicos e o mesmo tempo não perderam a mão e infantilizaram o produto. As cores e conceitos escolhidos ajudaram a trazer uma estética que balança os tipos de conteúdos apresentados; se o que vem como "brinde" é bem escolar, o caderno de fotografias e os ensaios mostram que os meninos estão, aos poucos, amadurecendo.

A própria ideia de fazer o álbum ser na verdade um caderno foi brilhante. Não é apenas muito melhor de manusear, como também agrega valor conceitual. Foi tão mais fácil ver as fotos claramente, sem  precisar abrir demais o livreto e estragar a capa, que eu desejo que os grupos se inspirem e mais cadernos-discos sejam feitos por aí.

Abaixo temos algumas fotos do ensaio, primeiro com Soobin e depois com Beomgyu. O conceito menos infantilizado das fotografias foi uma grata surpresa. O primeiro disco é muito mais colorido e cheio de referências com rabiscos divertidos, enquanto esse já traz eles todos mais idols, com cabelos diferentes, pintados, muito carão e performance.

E por fim, mas não menos importante – isso depende do seu ponto de vista sobre, afinal, para que servem os discos de kpop?? – temos na contracapa do nosso caderno Arcade o CD do grupo, DREAM CHAPTER: MAGIC. Confesso que eu praticamente não escuto os discos em sua forma física, e muitas vezes uso para enfeito ou deixo mesmo para sempre guardado na sua caixa. No disco temos algumas figuras desenhadas que também vêm em forma de adesivo e post it. Essas imagens estão presentes em muitos conteúdos promocionais do grupo e penso que já fazem parte da identidade visual do grupo.

O disco foi um pouco mais caro do que os que costumo comprar (média 24 libras), e custou 31 libras, cerca de 165 reais, o que considero um alto investimento e portanto, um presente de Natal adiantado. No Brasil existem algumas lojas online vendendo por menos, 120 reais, mas ainda assim é um preço salgado mas que merece ser pensado pois o disco além de muito bom, é um belo presente.

Sobre a autora

Camila Monteiro é jornalista e estudante de doutorado em música, mídia e fandoms. Ama cultura pop e é muito fã de Bangtan. Sua vida se divide em antes e depois que ela viu Park Jimin na sua frente.

Sobre o blog

Nesse espaço discutiremos o Universo Kpopper: fandoms, bandas, debuts, disbands, MVs, álbuns, tours, coreografias, Coréia e tudo que o K-Pop nos oferece. Entre visuals, rappers e vocalistas, ultimates e bias wrecker estabelecido(a)s, vamos refletir sobre as diferentes gerações do pop coreano, a influência na moda, beleza, cultura e como o K-pop muda a vida das pessoas.

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