B.I, líder da iKON, sai do grupo após escândalo com drogas
Hoje foi um dia difícil para os fãs da iKON, famosos pelo hit Love Scenario. B.I, Kim Hanbin, líder e rapper principal do grupo, teve conversas de 2016 – sim, você leu certo, 2016 – divulgadas pela Dispatch (principal site de informações, novidades, dramas e photoshoots de kpop/kdrama/ktudo), onde ele conversava com uma traficante. Na conversa, o integrante pede informações sobre LSD. Na época nada aconteceu porque, aparentemente, o cantor acabou desistindo da ideia. No entanto isso foi o suficiente para causar um alvoroço na mídia coreana pois existe um grande tabu em relação aos artistas e uso de drogas.
Em decorrência do drama, que foi publicado com 3 anos de atraso, Hanbin se pronunciou no instagram em um textão, pedindo desculpas para o fandom e restante do grupo, principalmente pelas palavras que ele utilizou na conversa. Ele acaba o texto dizendo que refletiu sobre o assunto e vai sair do grupo. Veja o post abaixo, seguido de tradução:
"Aqui é Kim Hanbin,
Primeiramente, gostaria de pedir sinceras desculpas por ter causado um problema que gerou críticas públicas decorrentes das minhas ações extremamente imorais.
É verdade que, durante um período em que eu estava sofrendo profundamente e bastante miserável, eu quis me apoiar em algo que eu nunca deveria ter tido interesse. No entanto, mesmo naquela época, eu estava assustado e com medo daquilo e não fui capaz de utilizar.
De qualquer forma me sinto envergonhado e peço desculpas aos meus fãs e restante do meu grupo, que foram machucados e estão desapontados comigo por causa do meu discurso imoral e escolha de palavras.
Eu humildemente reflito sobre os meus erros e pretendo deixar o time (grupo).
Novamente, me curvo para pedir desculpas aos fãs e membros. Sinto muito.
O que chama bastante atenção no caso é que YG, a empresa que iKON/Hanbin faz parte, já passou por uma série de escândalos envolvendo drogas e crimes muito piores, como recentemente o envolvimento de Seungri (ex-BIGBANG) com prostituição, tráfico e estupro. Logo depois que B.I postou falando que sairia da banda, YG soltou uma nota confirmando que o cantor não faz mais parte da iKON. A revolta generalizada no fandom gerou mais de 1.7 milhão de tuítes sobre o assunto, a maioria deles comparando o tratamento da YG em diferentes casos de idols da empresa envolvidos com drogas. Enquanto eles foram rápidos em afastar Hanbin do grupo – que ele é líder e rapper principal -, a empresa levou o caso Seungri em banho maria até ficar inviável depois de tantas provas contra o cantor.
A velocidade com que Hanbin foi tirado do grupo por algo que nem foi confirmado e que aconteceu 3 anos atrás fez com que a pauta drogas, saúde mental e tratamento especial dentro das empresas de kpop voltasse a circular. Uma das discussões mais interessantes é em relação ao comentário do próprio cantor, sobre ir em busca de algo para ajudar ele a superar um momento difícil. A pressão enorme dos idols, assim como de qualquer pessoa que trabalha na indústria do entretenimento, é ainda mais controlada em uma sociedade que não dá espaço para nenhum erro, como costuma ser a coreana.
O fato de YG estar imersa em todos os escândalos possíveis, desde prostituição, drogas, tráfico até sonegação de impostos, faz com que existam dúvidas se esse "escândalo" com delay não foi criado apenas para tirar o foco de problemas maiores que a empresa enfrenta.
Mais de 350 mil pessoas assinaram petição para Hanbin voltar a liderar a iKON. O cantor é considerado espinha dorsal do grupo pois além de líder e rapper principal ele também é produtor, e trabalha não só para seu próprio grupo como para outros idols da YG. Agora resta esperar para saber se ele de fato está fora da empresa/grupo ou se vão dar uma segunda chance, assim como deram para G-DRAGON e TOP, integrantes da BIGBANG que já foram pegos usando drogas anteriormente.
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