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Fab 7: BTS faz homenagem aos Beatles no programa do Stephen Colbert

Camila Monteiro

16/05/2019 07h04

Faltando menos de dez dias para os shows de BTS no Brasil, o grupo está em Nova Iorque para fazer os últimos shows em solo americano que acontecem no próximo fim de semana no MetLife Stadium em Jersey. No meio de uma agenda lotada, Bangtan conversou e se apresentou no The Late Night Show com Stephen Colbert, um dos programas mais assistidos da tv norte-americana. Por estarem no famoso Teatro Ed Sullivan, icônico pela performance dos Beatles em 64, o grupo fez uma homenagem ao Fab 4, com todos os membros de terno, Colbert fazendo cosplay do Sullivan e estética sessentista (impossível não perceber a bateria BTS/Beatles ao fundo).

A BTS-Mania é bastante real e apesar de deixar alguns fãs dos Beatles revoltados, ela faz sentido em diversos aspectos, principalmente se considerarmos o contexto tempo/espaço que estamos vivendo. BTS foi o primeiro grupo desde os Beatles a conseguir emplacar três álbuns #1 na Billboard em menos de um ano, um feito inédito na cultura pop e mais ainda para os artistas asiáticos. Em tempo: eles cantam praticamente tudo em coreano.

O grupo apresentou uma versão old school de Boy With Luv, single principal do último disco deles, Map of The Soul: Persona. A música já é o maior sucesso deles nos Estados Unidos. Além de ter conquistado #8 na Billboard, entrou pela primeira vez no top 20 das rádios americanas, algo que os fãs consideram uma das maiores vitórias em popularizar o grupo ao grande público, visto que as rádios possuem grande resistência em tocar músicas em coreano.

Além da performance, o grupo contou a Colbert (vídeo acima) que a música preferida deles dos Beatles é Hey Jude e que Jungkook quer ter cabelos longos e bigode em 10 anos. Espero que Colbert seja influenciado por Jin e um dia pinte seu cabelo de rosa. Yoongi (Suga), como sempre, uma pessoa de poucas mas ótimas palavras (e sarcasmo), se vê tendo 36 anos (fato):

Hoseok (J-Hope) liderou o momento sing-a-long com todo grupo cantando a icônica Hey Jude. Não esperamos nada diferente do Sol de Bangtan:

Hoseok (J-Hope) sendo o Sol que ele sempre é (reprodução/CBS)

A introdução de BTS no estilo Beatles nos apresentou "the cute ones", e ninguém mais fofo do que ele, Park Jimin:

Park Jimin existindo (reprodução/CBS)

E é claro que não podia faltar o coração feito com os dedos, uma das práticas mais disseminadas da cultura coreana para o mundo (em BTS o Saranghae, te amo coreano, vai mais além com o termo Borahae/I purple You, cunhado por Taehyung e bastante utilizado pelos fãs e pelo próprio grupo).

Jungkook sendo um "cute boy" (reprodução/CBS)

Ver um grupo de sete asiáticos cantando majoritariamente em coreano e disseminando mensagens que acabam gerando mudanças sociais – literalmente – é um fenômeno que merece atenção e um entendimento profundo não apenas do trabalho que o grupo faz e dos valores artísticos envolvidos tanto musicalmente quanto visualmente mas principalmente na influência direta que eles possuem na vida das pessoas. Diminuir o valor do grupo e de suas fãs – algo que os Beatles também sofreram no seu tempo – além de ser propagação de desinformação, não modifica todas as conquistas históricas de BTS não apenas para a música, mas principalmente para a cultura e economia da Coréia do Sul.

Ser a maior boyband da atualidade não é fácil e Taehyung mostra aqui como é carregar nas costas esse peso:

 

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Sobre a autora

Camila Monteiro é jornalista e estudante de doutorado em música, mídia e fandoms. Ama cultura pop e é muito fã de Bangtan. Sua vida se divide em antes e depois que ela viu Park Jimin na sua frente.

Sobre o blog

Nesse espaço discutiremos o Universo Kpopper: fandoms, bandas, debuts, disbands, MVs, álbuns, tours, coreografias, Coréia e tudo que o K-Pop nos oferece. Entre visuals, rappers e vocalistas, ultimates e bias wrecker estabelecido(a)s, vamos refletir sobre as diferentes gerações do pop coreano, a influência na moda, beleza, cultura e como o K-pop muda a vida das pessoas.

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